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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

SISTEMAS DE CONDICIONAMENTO DA AMOSTRA


      Sistemas de Condicionamento da Amostra

      Introdução: O sucesso de um projeto de instrumentação  
      analitica esta diretamente relacionado com a  forma que
      será desenvolvido o transporte e condicionamento da amostra,   
      além claro da escolha do analisador compativel com as
      caracteristicas da amostra que esta sendo medida. 




   1    -  Condicionamento da Amostra

   1.1        -  Visão Geral

   Durante a fase de detalhamento, é preciso observar alguns critérios básicos que um
   sistema de condicionamento da amostra por extração continua deve reunir, para que seja
   possível obter do analisador uma medição precisa da amostra que esta sendo analisada.

   Normalmente, o projeto do Sistema de Condicionamento da Amostra, exige uma maior
   atenção para se especificar, fabricar e instalar se compararmos com o esforço distendido
   no projeto de instalação da instrumentação convencional, utilizada na monitoração e no
   controle do processo.

   Isto ocorre devido ao fato de que um Sistema de Condicionamento da amostra
   é altamente dependente do tipo de produto que esta sendo amostrado e do próprio analisador
   que irá fazer a medição.

    Basicamente o sistema de condicionamento da amostra é a “interface” entre a Planta
    e o analisador  e devem ser concebido para operar de forma continua por longos períodos
    com baixo nível de manutenção.

    As amostras coletadas de um determinado ponto do processo, precisam ser condicionadas
    antes de serem introduzidas no analisador continuo do processo de deve ser evitado que
    a amostra apresente mais do que uma fase.

    Em linhas gerais, o sistema de condicionamento da amostra é composto sistemas
    de filtragem, dispositivo para o controle da pressão, do fluxo, da temperatura, controle
    da fase ou mudança da fase, dispositivo de seleção da linha de amostragem e
    calibração e a indicação/alarme de todos os dispositivos aplicados.

    Podemos resumir que o Sistema de Condicionamento da Amostra é a aplicação
    de vários dispositivos associados, responsáveis pela extração de uma amostra representativa
    do processo,  condicionando a amostra e enviando ao analisador, aonde é feito a
    medição do componente ou componentes da amostra.

    No desenvolvimento de um Sistema de Condicionamento da Amostra deve ser levado
    em consideração as características do fluido a ser amostrado e o tipo de analisador 
    utilizado para fazer a   medição da concentração dos componentes.

   2.0 -  Funções do Sistema de Condicionamento da Amostra

    As principais funções do Sistema de Condicionamento da Amostra, são as seguintes;

a)     Coletar e enviar uma amostra representativa do processo.

b)     Fazer o transporte da amostra retirada da tomada do processo para o analisador e deste para um vaso coletor ou outro ponto de retorno no processo.

c)     Condicionar a amostra, ajustando a pressão, temperatura, fluxo, filtragem e manter a fase da amostra fazendo com que a amostra seja compatível com as características do analisador continuo do processo.

d)     Seleção e chaveamento do ponto de amostragem e calibração na entrada do analisador.

e)     O  sistema de condicionamento da amostra deve ser projetado para reunir alternativas técnicas que possibilitem uma fácil manutenção do condicionador da amostra, incorporando quando necessário um sistema de limpeza automática, por exemplo da sonda  dos filtros, drenagem do coletor de condensado, etc.

    2.1       Características a serem observadas durante o projeto;

     2.1.1    Composição da Amostra

      No desenvolvimento de um  Sistema de Condicionamento da Amostra, devemos sempre levar
     em consideração  a composição da corrente que pretendemos analisar, incluindo os contaminantes.

      Alguns contaminantes tais como sólidos ou líquidos, por exemplo em uma fase gasosa
      devem ser  removidos através do sistema de amostragem. Além disto é preciso conhecer
      o range dos componentes durante a operação normal da planta e também em condições
      anormais do processo (partida, shutdown, alteração de carga), para podermos ter certeza 
      que o sistema de condicionamento e o analisador continuo do processo operam de forma
      satisfatória.

     2.1.2   Localização do ponto de amostragem

     Os seguintes fatores devem ser considerados durante a fase de escolha do ponto de amostragem;

     a)  O ponto de amostragem deve estar localizado  em um  local  do  processo aonde a amostra
     seja a mais representativa possível.


    b)   O local escolhido para instalar o ponto de amostragem  precisa estar localizado em um
    ponto  do processo no qual o valor medido possa trazer benificios na correção do produto.

    c)   Equipamentos de processo tais como tanques ou acumuladores, devem ser
    evitados  devido  capacitancia destes equipamentos, produzindo atraso na leitura do valor
    real da amostra.

   d)     Sempre que for possível procure aproximar o analisador do ponto de amostragem, pois
   isto reduz o tempo de transporte da amostra e também o custo da instalação.

   e)     O local escolhido deve oferecer quando possível um diferencial de pressão
   significativo para facilitar o retorno da amostra ao processo. Evite instalar o
   ponto de amostragem assim como o retorno da amostra ao processo, próximo de 
   válvulas decontrole do processo, porque o movimento da válvula de controle acaba
   interferindo no fluxo da amostra.

  f)  Além dos  requisitos mencioandos acima, o ponto de amostragem escolhido deve facilitar
  o acesso para a realização de serviços de limpeza e manutenção.

   g) Procure escolher um local do processo aonde a reação ou mistura, seja a mais estável
   possível, evitando locais aonde pode ocorrer mistura de fases.

   h) Quando a tubulação do processo,  estiver montada na  horizontal o ponto de amostragem
   deve estar localizada no topo da tubulação, isto reduz a entrada de partículas solidas na linha
   de amostragem. Caso a tubulação esteja montada na vertical a tomada deve estar montada
   na horizontal, formando um angulo de 50˚ (positivo), isto evita que ocorra redução do fluxo,
   para o sistema de condicionamento.

   2.1.3   Sondas de Amostragem

   Sempre que possível deve ser utilizado “sonda de amostragem”, porque a sonda fornece
   uma amostra mais representativa aumentando a relação de fluxo para o ponto de
   amostragem.

   Atenção: Quando a tubulação de processo for de diâmetro menor do que 2”, não existe a   
    necessidade de se instalar sonda de amostragem. Caso seja necessário instalar a sonda de  
    amostragem, no trecho da tomada de amostra a linha de ser aumentada para 3” ou maior.
  
    As sondas de amostragem ajudam significativamente na redução dos contaminantes e material 
    particulado, agindo como um primeiro estágio do sistema de condicionamento da amostra 
    fazendo a filtragem e o condicionamento.



        

O desenho da sonda pode variar em função da aplicação, como exemplo podemos citar a  velocidade excessiva do processo no ponto de amostragem, alta temperatura da amostra, presença de material particulado.

a)     Sonda aberta, são construídas a partir de trecho curto em tubo de aço de aço inox com diâmetros externos variando de  ¼” a  ¾” , com limite de temperatura de aproximadamente
540 ˚C. A sua aplicação se restringe a fluidos limpos sem a presença de material particulado.

        
          Fig. 1– Sonda de aberta.


         b)     Sonda de amostragem c/ múltiplos pontos, são utilizadas quando se deseja obter uma amostra que componha a média do fluxo através da tubulação ou duto. Este tipo de sonda normalmente se aplica em incineradores, caldeiras, fornos e aquecedores à gás no qual a estratificação pode ser um problema ou quando é necessário cumprir a legislação local. A figura 2, mostra a sonda e uma tabela de correlação entre o diâmetro da tubulação ou duto e o número de furos.
      
       
          Fig. 2 – Sonda de amostragem c/ múltiplos pontos
        
          Área do duto
               (ft2)
            Quantidade
             de  Furos
              Distância  dos furos
  <2
         2        
          .146 .854
  2-8
 4
          .062 .250,.750,.938
  8-12
6
          .044.147,.294,.706,.853,.956
 12-16
8
          .033.105,.195,.321,.679,.805,.895,.967
 16-24
10
          .019.076,.153,.217,.361,.639,.783,.847,.924,.981
 
         Tabela 1 - Correlação (diâmetro do tubo x número de furos)
       

a)     Sonda com dispositivo de  filtragem , este tipo de sonda, mostrado na fig.3,
se aplica em locais aonde se deseja medir os gases pós-combustão e
existe quantidade significante de material particulado. O material do
filtro dependendo das condições do local da amostra (temperatura) e podem
ser de material  sinterizado em aço inox, cerâmica ou tecido.
                     
         Fig. 3 – Sonda com dispositivo de filtragem             
          
          Este tipo de filtro de ser instalado em um ponto do duto que colabore
          na redução das intervenções para manutenção.
          Uma alternativa é a instalação de um anteparo na sonda para evitar a entrada de
          material particulado.
          A Sonda pode receber outros dispositivos tais como controlador de temperatura,
          controlador de ponto de orvalho e também um dispositivo de “blow-black”
          para fazer a  limpeza automática do dispositivo de filtragem, introduzindo N2,  Ar
          ou Vapor, na linha de amostragem, de forma manual ou automática em
          intervalos pré-programados, sempre que a vazão no sistema de amostragem, cair
          para o nível abaixo do projetado.
          Nota: O gás utilizado para fazer o “Blowback” deve estar acima do ponto de
          orvalho para evitar condensação na linha de amostragem ou no filtro da
          sonda  e também deve ser compatível com o corrente que esta sendo analisada.
      
          2.1.4   - Condicionamento Primário da Amostra.           
          O condicionamento primário da amostra, se aplica somente nos casos em que as
          condições da coletada da amostra são extremamente difíceis e não podem ser
          facilmente transportadas para o sistema remoto de condicionamento da amostra.
           
          Como exemplo podemos citar a coleta de amostra em fornos de pirolise
          regeneradores de gases ou outras correntes de gases quentes com
          material condensável, particulado ou finos provenientes de catalisadores,
          são as aplicações mais típicas para o condicionamento primário da amostra.
          Um filtro com coluna de refluxo é montado diretamente na válvula de bloqueio
          da tomada do processo. A seguir a amostra é resfriada e o refluxo do
          material condensado auxilia na lavagem retorno com o material para a tubulação
          do processo.
              
         Conforme a quantidade de material condensado na amostra, pode ser adicionado
         vapor na parte de baixo da coluna refluxo e auxiliar na diluição do acido formado pelo
         processo.
         2.1.5 - Tempo morto no transporte da amostra.
         Nos projetos em que o analisador e o sistema de condicionamento estiverem afastados
         do ponto de amostragem e não for possivel reduzir a distância devido a outros aspectos
         técnicos, deve ser levado em consideração o tempo de atraso provocado  pela linha de
         amostragem.

         O tempo necessário para o transporte da amostra até o analisador pode em alguns
         casos contribuir para o aumento no tempo morto total que compreende as fases da coleta
         da amostra, do transporte, do condicionamento e o tempo de resposta do proprio .
       
         Uma alternativa para reduzir o tempo de transporte da amostra é utilizar um "fast loop"
         instalado entre o equipamento do processo e um ponto intermediário com retorno
         para um ponto de pressão baixa do processo aonde a amostra possa retornar, sem  
         interferir na funcionalidade do analisador.
         
         O tempo de transporte da amostra ou tempo morto, se relaciona com o diâmetro

         e comprimento da linha de amostragem a pressão absoluta na linha e vazão.
         Não é difícil  determinar o tempo de transporte da amostra, bastando para
         isto determinar a volume total da amostra, dividido pelo valor da taxa de
         fluxo, aplicando as seguintes equações em função da fase da amostra;
          1)  Equação para amostras na fase liquida:
                     tm  = (V)  (L)
                                 Fr
      
           2)  Equação para amostras na fase vapor :
                    tm  =  (V) (L)        (P +14.7)        (530)
                                  Fs               14.7              460 +T
               Onde;
               Tm = Tempo de transporte da amostra (minutos)
               P    =  pressão na linha de amostragem (psig)             
               V    = Volume do tubo de amostragem  (cc/ft)
               L    = Comprimento da linha em (ft)
               Fr   = Taxa de fluxo
               Fs  =  Taxa de fluxo em cc/min, na condições padrão (14.7 psia, 70˚ F)
              T   =   Temperatura em ˚F
        No caso de amostras na fase gás, para uma quantidade fixa o volume
        varia diretamente com a temperatura absoluta e inversamente com a pressão absoluta.
        Como o gás opera normalmente na pressão atmosférica para estabilização,
                 o método  mais simples para determinar o tempo de atraso na linha de transporte
                 é  relacionar o volume total do gás  no sistema  em  condições padrão de pressão
                 e temperatura (STP).
                 Uma alternativa para reduzir o tempo morto da amostra é desenvolver um "fast loop"
                 antes da amostra ser enviada para o analisador, conforme é mostrado no diagrama  
                 da fig.4.
          
       
       
     Fig.4 - Diagrama esquemático do  “Fast loop”, fabricado pela Swagelock  para 
                  Sistema  de Amostragem
        2.1.6 -  Vaporização de Amostras liquidas e o tempo morto.
               A vaporização de amostras liquidas, são complicadas de serem executadas,  contribuindo  
               com   um atraso na analise por causa do efeito da expansão por exemplo de um 
               hidrocarboneto na fase liquida que é alterado para a fase vapor.
               Tipicamente hidrocarbonetos leves podem ter uma expansão que varia de 600 para 1,  
               resultando em 1 centímetro cubico (cc) de liquido, formando aproximadamente 600cc de  
               vapor. Sendo que a velocidade do vapor varia 2000 cc/min, uma amostra representativa do
               processo não é purgada adequadamente na linha de transporte da amostra e uma
               vaporização parcial pode vir a ocorrer se a vazão do volume liquido, não for ajustada de
               forma correta para se transformar em vazão de vapor.
        
               Nos casos em que  existe alta pressão associada a alta temperatura o ideal é que o seja
               construído um orifício de restrição no flange de acoplamento com o processo com um  
               diâmetro de 1/8” com o objetivo de se evitar um volume morto de amostra e também para
               minimizar o volume morto entre a sonda de amostragem e o regulador-                 
               vaporizador, figura 8.






   
       
        Fig.8 – Diagrama esquemático de um vaporizador da amostra

       2.1.7 – Dimensionamento da linha de transporte da amostra

   
        O dimensionamento da linha de transporte da amostra pode ser influenciado por
         vários fatores tais como;
  a)     Estado da amostra, fase gás ou liquida
  b)     Ponto de Orvalho
  c)     Ponto de Borbulhamento
  d)     Densidade
  e)     Viscosidade
        Quando ocorrer baixa vazão e trechos curtos da linha de amostragem a queda de
        pressão, não  é um fator significante, porem para os casos em que existir alta vazão
        e linha de amostragem longas, a queda da pressão pode se tornar um fator importante
        no projeto do sistema de amostragem.
        Normalmente a densidade relativa do gás ou liquido, não afetam o calculo do tempo morto.
        A densidade relativa deve ser considerada quando for necessário especificar os
        indicadores e  controladores da vazão.
        A tabela 2,  a seguir deve ser utilizada para os casos em que a amostra esteja na fase gás;
         Tabela 2 – Perda de pressão x diâmetro da linha para cada 100 ft linha de amostragem
                   (Amostra na fase gás)
  Diâmetro
   da linha
   
Factor
Fricção
Espes.
Parede
Tubo
Diâmetro
 interno
Darcy
Head Loss
Metano
densidade
(lb/ft3)
Metano
  d/p
(psi)
  C02
Densidade
(lb/ft3)
C02
d/p
(psi)
Butano
Densidade
  (lb/ft3)
Butano
Densidade
   (psi)
     1/8”
0.035
0.028
0.069
  9.417
0.042
0.0027
0.116
0.0076
0.153
0.0100
0.035
0.035
0.055
11.815
0.0034
0.0095
0.0126
     ¼ “
0.028
0.028
0.194
 2.680
0.0008
0.0022
0.0028
0.028
0.035
0.180
 2.888
0.0008
0.0023
0.0031
0.028
0.049
0.152
 3.420
0.0010
0.0028
0.0036
0.028
0.065
0.120
 4.332
0.0013
0.0035
0.0046
     3/8”
0.025
0.035
0.305
 1.522
0.0004
0.0012
0.0016
0.025
0.049
0.377
 1.676
0.0005
0.0013
0.0018
  
0.025
0.065
0.245
 1.894
0.0006
0.0015
0.0020
     ½”
0.022
0.035
0.430
 0.950
0.0003
0.0008
0.0010
0.022
0.049
0.402
 1.016
0.0003
0.0008
0.0011
0.022
0.065
0.370
 1.104
0.0003
0.0009
0.0012
0.022
0.083
0.334
 1.223
0.0004
0.0010
0.0013
     1/8”
0.027
0.088
0.364
 1.377
0.0004
0.0011
0.0015
    Sch.80
0.025
0.119
0.302
 1.660
0.0005
0.0013
0.0018
     ¾”
0.025
0.113
0.824
 0.563
0.0002
0.0005
0.0006
    Sch.80
0.025
0.154
0.742
 0.626
0.0002
0.0005
0.0007
     1”
0.023
0.133
1.049
 0.407
0.0001
0.0003
0.0004
   Sch.80
0.025
0.179
0.957
 0.485
0.0001
0.0004
0.0005
    Perda de pressão por atrito= (Frict.Factor)(Line lenght)(Square of Line Velocity)
                                                                 (2) (Gravity Constant) (Line ID)
   
    Units=  (ft)(ft2)/sec.2)    = ft                                               
                (ft/sec.2)(ft)
    Pressure Drop = (Friction Head Loss) (Density)
    Units= (lb/ft2) (ft2/144in2) = psi
    Gravity Constant= 32.1725 ft/sec2
    Flow Velocity=  1 ft/sec
   Fonte: API - American Petroleum Institute
      
   Linhas aquecidas: A linha de impulso pode ser aquecida ou não aquecida. As linhas
   não aquecidas são utilizadas nos casos em que as condições climáticas são favoráveis ou
   seja, serão utilizadas em regiões onde a temperatura ambiente média ao longo do
   ano, nunca será  menor  do que 20˚C (O ponto de Orvalho do gás amostrado, ou ponto
   de dimerização  no caso de  polímeros), assim como a fase do gás amostrado não se altera
   até chegar ao condicionador  da amostra e deste para o analisador.

   No passado devido a não disponibilidade de tecnologia apropriada era comum, ser
   montado paralelamente a linha de amostragem, uma tubulação de cobre (diâmetro ¼”
   ou 3/8” OD) com vapor, para aquecimento durante todo o trajeto desde a tomada
   de processo até o Sistema de Condicionamento da amostra.

   O inconveniente é que este tipo de adaptação, acaba deixando de cumprir a finalidade
   para a qual foi projetado devido a problema tais como: falha no sistema de drenagem
   do condensado (trap), baixa proteção mecânica do tubo de aquecimento, dificuldade
   na instalação, isolação inadequada e dificuldades para manutenção e o principal dos
   erros que é o erro introduzido no dimensionamento térmico no calor necessário
   para a manutenção da temperatura desejada do gás no circuito da amostra.

    A vazão do fluido através da linha de amostragem e das conexões do sistema de
    amostragem tem sido exaustivamente analisado e existem várias documentos
    técnicos a respeito deste tema.

    O calculo para seleção do diâmetro correto da linha, escoamento e perda de carga,
    exigem dados precisos para se obter o diâmetro correto da linha de amostragem.
    A velocidade do fluxo na linha de amostragem esta relacionada com a queda da pressão
    na linha conforme mostra a equação de Darcy;

      hL= (fLV2)/(2Dg)=0.1863 (flV2)/(d)

      onde;

      hL = perda por fricção nas paredes do tubo

      f=    factor de fricção em função do material do tubo.

      L= comprimento da linha de amostragem

      V= velocidade linear do fluido

      g= aceleração em função da gravidade

      d= diâmetro interno da linha em polegadas

       D= diâmetro interno da linha em pés

        Sendo que DP = phL então a queda na linha de amostragem pode ser calculada
        conforme equação mostrada a seguir;

       DP = 0.001294 fLpV2

                            d

       O fator de fricção, é diferente em função do diâmetro da linha

           Tipo de linha                   Diametro da linha                        Factor de Fricção

            Tubing                                            ¾”                                                0.018

            Tubing                                            ½”                                                0.022

            Tubing                                            ¼”                                                0.028

            Tubing                                           1/8”                                               0.035

           Schedulle 80                                    1”                                                 0.0225

           Schedulle 80                                   ¾”                                                 0.0245

           Schedulle 80                                   ½”                                                  0.026

           Schedulle 80                                   ¼”                                                  0.032

    Normalmente o fluxo na linha de amostragem deve ser turbulento para assegurar
    que a amostra fique bem misturada e representativa em relação as condições do processo.
    No caso de amostras na fase gás a questão da mistura geralmente não pode ser
    garantida, porém amostras com fluxo laminar ou misturadas com liquido pode
    resultar em dados não representativo das condições do processo.

    Pode ser obtido uma estimativa de que irá ocorrer uma mistura da amostra
    calculando o Número de Reynolds do fluxo de amostra.

    O número de Reynolds é um número que é baseado no diâmetro interno
    da linha, navelocidade linear do fluido, densidade e viscosidade dinâmica
    do gás ou liquido através da utilização da equação mostrada a seguir;

    Re 123,9 (DP) / (µ)
 
    Onde;

    Re= Número de Reynolds

    d=   diâmetro interno da linha (polegadas)

    V=   velocidade do fluido (ft/sec)

     p=   densidade em lb/ft3

     µ=  viscosidade dinâmica (centipoise)

    Como referência, velocidades na linha de amostragem maiores do que 4000, são
    considerada turbulentas. Velocidades menores do que 2000 são consideradas como
    laminares (baixa mistura).
    Amostras  na faixa entre 2000 e 4000 são consideradas em transição ou parcial agitadas.

    E x e m p l o:

    Qual é o número de Reynolds para uma tubulação de ¼” com parede de 0.035”, com
    o fluido nas seguintes condições;

    Água na viscosidade de 0.692 CP a 100ºF e na densidade de 62.43 lb/ft3, com o
    comprimento da linha de 300 ft e o tempo morto de 2 minutos (120 segundos)

     Re=123.9 (0.18” x  2.5 x 62.43)/(0.692)=5030 (fluxo turbulento)

     Em razão do exposto no parágrafo acima, são necessários dados precisos que nos
     auxiliem  no trabalho de especificação das linhas de amostragem e os seguintes dados
     são essenciais, conforme mostrado na tabela 3;
  
     Tabela 3 – Dados técnicos

 
Item
          D    e     s     c    r    i    ç   ã   o
   O b s e r v a ç õ e s
1
Tempo aceitável de atraso na linha de amostragem
2
Pressão e Temperatura de operação no ponto de amostragem.
Considerar as condições normais e anormais da pressão e sempre utilizar o pior caso.
3
Pressão e Temperatura de operação no retorno da amostra.
4
Limite da pressão, na entrada do analisador.
Verifique os dados técnicos do fabricante do analisador

5
Distância entre o ponto de amostragem e o analisador.
A mais curta que for possível.
6
Distância entre o analisador e o ponto de retorno da amostra.
Não deve ser longa.
7
Especificação da linha de amostragem (diâmetro, material da tubulação)
Especifique um diâmetro que não deixe um volume morto de amostra.
8
Estado do fluido de processo (vapor ou liquido, composição,  ponto de ebulição, ponto de orvalho, densidade, viscosidade.
A amostra deve sempre estar em uma única fase.
9
Dados técnicos do analisador (pressão, temperatura, vazão, etc.)
Deve ser lido com atenção, para servir de referência durante o projeto do condionador da amostra.
10
Emitir um diagrama esquemático, mostrando os detalhes da linha de transporte da amostra, válvula, uniões, filtros, vasos, etc.
Não esquecer de especificar materiais compatíveis com o fluido de processo.

 2.1.8 – Como selecionar as linhas de transporte da amostra 



A premissa nesta seleção é que durante o transporte da amostra, o gás nunca deve atingir a temperatura do ponto de Orvalho ou do ponto de dimerização, no caso de polímeros. Assim como a fase do gás amostrado não deve se alterar até chegar ao condicionador da amostra e deste para o analisador. Outro ponto ser observado é a necessidade de proteção do operador contra queimaduras que podem ser provocadas por altas temperaturas do gás amostrado. Caso estas premissas acima ocorram isto ocorra deve se recorrer a dispositivos de:

Ø  Isolação da temperatura do gás amostrado. Neste caso é puramente questão de segurança, ou ainda podendo retardar a troca térmica direta do fluído do processo para o ambiente, ao longo da linha caso esta troca, possa resultar em temperaturas abaixo da temperatura do ponto de Orvalho ou do ponto de dimerização.

Ø  Manutenção da temperatura do fluído de processo através de traço elétrico ou à vapor. Neste caso, deve-se executar o cálculo térmico para definição da potência necessária para a reposição da perda de calor para o ambiente ao longo da linha, evitando-se que a temperatura atinja abaixo do ponto de Orvalho ou do ponto de dimerização.

Havendo a necessidade do Traço, os dados essenciais ao cálculo térmico , são:

  1. TEMPERATURA DESEJADA( ACIMA DA TEMP. DE ORVALHO)
  2. TEMPERATURA MÁXIMA E MÍNIMA AMBIENTE(VER ESTATISTICA LOCAL)
  3. SE O TRAÇO PERCORRERÁ AMBIENTE ABERTO(VENTOS) OU FECHADO.
  4. COMPRIMENTO DA LINHA
  5. DIÂMETRO OD  DO TUBING DE PROCESSO
  6. MATERIAL PARA O TUBING DE PROCESSO (NORMALMENTE AÇO INOX, EM CASO DE PLÁSTICOS, VERIFICAR POSSÍVEIS PROBLEMAS COM A POROSIDADE)
  7. DEFINIR SE O TUBING PODE SER SOLDADO OU SEM COSTURA( NA MAIORIA DOS GASES, PRINCIPALMENTE HIDROGÊNIO E HIDROCARBONETOS RECOMENDA-SE SEM COSTURA)
  8. CLASSIFICAÇÀO DA AREA, CASO A OPÇAO SEJA TRAÇO ELÉTRICO
  9. PRESSÀO DO VAPOR DISPONÍVEL, CASO A OPÇAO SEJA TRAÇO À VAPOR.
     2.1.8.1  ESCOLHA DO TIPO DE TRAÇO: ELÉTRICO OU Á VAPOR?

     Calculada a necessidade de Calor para atendimento da premissa básica, deve-se  definir
     qual será a fonte de calor para o Traço. Vamos expor abaixo um roteiro com perguntas
     de modo que possa ser avaliada a melhor alternativa do tipo de traço.

 1.     O que existe disponível localmente: Vapor ou Eletricidade?

2.     A Temperatura necessária pode ser suprida pela pressão de vapor existente? Ver tabela da Entalpia do Vapor.

3.     Sendo vapor, o calculo térmico irá definir qual o comprimento máximo para 10% de perda de pressão do vapor.

4.     A partir deste ponto acima deve ser utilizado um purgador e nova injeção de vapor vivo a partir do Header existente, exceto onde o cálculo térmico definir que a temperatura de saída do vapor, na menor temperatura ambiente possível, seja maior que a temperatura desejada.

5.     Sendo Elétrico, a primeira questão é definir um fabricante que possa atender a classificação de explosividade da área.

6.     Sendo elétrico, pode ser com traço auto-regulável? Traço Auto-regulável só pode manter temperaturas até 121º C. A temperatura máxima da linha, em condições de extraordinárias (blow-down, limpeza , etc) não deve ultrapassar a 216º C. Acima deste valor deve ser usada resistência elétrica de potência constante.

7.     Em caso de uso de traço elétrico Auto-regulável, deve ser observada a temperatura máxima que o fluído de processo pode chegar(evitar o coke nas linhas ou até polimerização do gás), quando a temp. ambiente for máxima. Caso a possibilidade exista, deve ser utilizado um controlador ou termostato para limitar a potência de chegar neste ponto

8.     Traço Elétrico pode manter temperaturas até 349º C, utilizando-se resistência Elétrica de potência constante. Deve-se utilizar um controlador de temperatura para manter-se a temperatura em um ponto desejado. Neste traço a temperatura máxima da linha, em condições de extraordinárias (blow-down, limpeza , etc) não deve ultrapassar a 538º C

   2.1.8.1 CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DE SISTEMAS MULTITUBINGS COM TRAÇOS
 
TIPO
TEMPERATURA
CUSTO INICIAL
MANUTENÇÃO
PESO/DIAM.
VAPOR
ALTA
BAIXO
MAIOR
MAIOR
ELÉTRICO
BAIXA ( < 349º C)
ALTO
ZERO
MENOR

    2.1.8.2   - O QUE O MERCADO OFERECE:

    Existem alguns fabricantes que ofertam um produto pronto para ser instalado, sendo
    um   conjunto ou feixe de tubos, conhecidos como multi-tubing, podendo ter seus
    materiais em aço inox e metais nobres com ou sem costura, e ainda plásticos de
    Engenharia, pré-isolados térmicamente e traceados com cinta elétrica ou à vapor,
    protegidos mecanicamente por uma jaqueta de Plástico, onde recomenda-se para
    aplicação em área externa, o uso de Poliuretano, que não é sensível a raios UV, como
    o PVC. Este conjunto proporcionará um rendimento térmico previsível e confiável
    nas linhas de processo.

    Estando disponível em rolos de grande comprimento(até 630 metros contínuos), o que reduz
    o   número conexões e vazamentos nas mesmas, sendo por isto mesmo de fácil instalação,
    reduzindo bastante o custo da mão de obra instaladora.

    Na escolha do fabricante, o ponto mais importante tecnicamente é a garantia, precisão
    e repetibilidade para os cálculos térmicos, os quais podem ser feito pelo fabricante ou
    empresa contratada para a engenharia.cm
    Recomenda-se também a escolha dos feixes multi-tubings com construção em paralelo, ao
    invés dos trançados, pois os Tubings podem ter até 20 cm de curvatura mínima, conservam a
    forma desejada, dobram-se mais facilmente, e podem ter Trecho Contínuo de até 630 metros
    e muitas vezes nenhuma união é feita no campo.
 
    2.1.8 – Como selecionar as linhas de transporte da amostra 

    A premissa nesta seleção é que durante o transporte da amostra, o gás nunca deve
    atingir a temperatura do ponto de Orvalho ou do ponto de dimerização, no caso de
    polímeros. Assim como a fase do gás amostrado não deve se alterar até chegar
    ao condicionador da amostra e deste para o analisador. Outro ponto a ser observado
    é a necessidade de proteção do operador contra queimaduras que podem ser provocadas
    por altas temperaturas do gás amostrado. Caso estas premissas acima ocorram deve
    se recorrer a dispositivos de:

     Isolação da temperatura do gás amostrado. Neste caso é puramente questão de
     segurança, ou ainda podendo retardar a troca térmica direta do fluído do processo
     para o ambiente, ao longo da linha caso esta troca, possa resultar em temperaturas
     abaixo da temperatura do ponto de Orvalho ou do ponto de dimerização.
 
        Manutenção da temperatura do fluído de processo através de traço elétrico ou à vapor.
    Neste caso, deve-se executar o cálculo térmico para definição da potência necessária
    para a reposição da perda de calor para o ambiente ao longo da linha, evitando-se
    que a temperatura atinja abaixo do ponto de Orvalho ou do ponto de dimerização.

Havendo a necessidade do Traço, os dados essenciais ao cálculo térmico , são:
 
  1. TEMPERATURA DESEJADA( ACIMA DA TEMP. DE ORVALHO)
  2. TEMPERATURA MÁXIMA E MÍNIMA AMBIENTE(VER ESTATISTICA LOCAL)
  3. SE O TRAÇO PERCORRERÁ AMBIENTE ABERTO(VENTOS) OU FECHADO.
  4. COMPRIMENTO DA LINHA
  5. DIÂMETRO OD  DO TUBING DE PROCESSO
  6. MATERIAL PARA O TUBING DE PROCESSO (NORMALMENTE AÇO INOX, EM CASO DE PLÁSTICOS, VERIFICAR POSSÍVEIS PROBLEMAS COM A POROSIDADE)
  7. DEFINIR SE O TUBING PODE SER SOLDADO OU SEM COSTURA( NA MAIORIA DOS GASES, PRINCIPALMENTE HIDROGÊNIO E HIDROCARBONETOS RECOMENDA-SE SEM COSTURA)
  8. CLASSIFICAÇÀO DA AREA, CASO A OPÇAO SEJA TRAÇO ELÉTRICO
  9. PRESSÀO DO VAPOR DISPONÍVEL, CASO A OPÇAO SEJA TRAÇO À VAPOR.
      2.1.8.1  ESCOLHA DO TIPO DE TRAÇO: ELÉTRICO OU Á VAPOR?

Calculada a necessidade de Calor para atendimento da premissa básica, deve-se  definir qual será a fonte de calor para o Traço. Vamos expor abaixo um roteiro com perguntas de modo que possa ser avaliada a melhor alternativa do tipo de traço.

1.     O que existe disponível localmente: Vapor ou Eletricidade?

2.     A Temperatura necessária pode ser suprida pela pressão de vapor existente? Ver tabela da Entalpia do Vapor.

3.     Sendo vapor, o calculo térmico irá definir qual o comprimento máximo para 10% de perda de pressão do vapor.

4.     A partir deste ponto acima deve ser utilizado um purgador e nova injeção de vapor vivo a partir do Header existente, exceto onde o cálculo térmico definir que a temperatura de saída do vapor, na menor temperatura ambiente possível, seja maior que a temperatura desejada.

5.     Sendo Elétrico, a primeira questão é definir um fabricante que possa atender a classificação de explosividade da área.

6.     Sendo elétrico, pode ser com traço auto-regulável? Traço Auto-regulável só pode manter temperaturas até 121º C. A temperatura máxima da linha, em condições de extraordinárias (blow-down, limpeza , etc) não deve ultrapassar a 216º C. Acima deste valor deve ser usada resistência elétrica de potência constante.

7.     Em caso de uso de traço elétrico Auto-regulável, deve ser observada a temperatura máxima que o fluído de processo pode chegar(evitar o coke nas linhas ou até polimerização do gás), quando a temp. ambiente for máxima. Caso a possibilidade exista, deve ser utilizado um controlador ou termostato para limitar a potência de chegar neste ponto

8.     Traço Elétrico pode manter temperaturas até 349º C, utilizando-se resistência Elétrica de potência constante. Deve-se utilizar um controlador de temperatura para manter-se a temperatura em um ponto desejado. Neste traço a temperatura máxima da linha, em condições de extraordinárias (blow-down, limpeza , etc) não deve ultrapassar a 538º C


 

      2.1.9 – Descarte da amostra



                                Durante a fase de projeto, atenção especial deve ser dispensada para o descarte da 
        amostra. Como a amostra após ter sido medida esta na condição de baixa pressão,
        devemos utilizar um ponto de retorno que facilite a retorno da amostra.

        Quando não existir um ponto de retorno no processo e a amostra precisa ser descartada
        o melhor é interligar o retorno a linha de “flare” ou a um outro ponto aonde possa
        ser incinerada. Descarte de amostra de hidrocarbonetos diretamente para a atmosfera
        deve ser proibido devido a motivos ambientais. Caso a amostra esteja na fase
        liquida, podemos utilizar um dispositivo que faça a coleta do material para um vaso e
       através de uma bomba a amostra possa ser reaproveitada no processo.

     
      2.1.10 – Ponto de coleta da amostra para o Laboratório
       Sempre que possível o ponto de coleta da amostra a ser enviada para o Laboratório,
       deve ser instalado no mesmo local aonde se retira a amostra que o analisador
       continuo utiliza para fazer a medição. Isto garante que ambas as amostras foram
       retiradas de um mesmo ponto do processo, assegurando que os valores medidos
       em ambos sistemas de analise, recebam a mesma amostra representativa do processo.
       3.0  - Exemplos de Sistemas de Condicionamento da Amostra
  
      A seguir esta descrito os diversos componentes que poderão ser selecionados, em função
      do estado que se apresenta a amostra e aplicados no projeto do condicionador da
      amostra.
      A partir deste ponto surge um novo desafio que será interligar os diversos componentes
      de tal modo que seja possível obter uma perfeita funcionalidade, envolvendo
      também aspectos relacionados com o local de instalação e a manutenção do
      condicionador da amostra.
      Para facilitar o entendimento, na tabela 2, foi selecionado de modo genérico os
      principais componentes do condicionador em função do estado em que se encontra
      a amostra;
  
     Tabela 2 – Componentes do condicionador da amostra;

                Item
                       Fase da Amostra
                       Relação dos principais componentes
                
                  1
  
            
                   Fase vapor/gás com     
                   retenção de condensado
                                  
                a) Filtro aquecido
                b) Reguladora de pressão aquecida,
                c) Sistema de refrigeração
                d) Lavador,
                e) Filtro
                f)Aquecedor.
              
                  2

                  Fase vapor/gás sem     
               retenção de condensado
                a) Filtro aquecido
                b) Sistema de refrigeração 
                b) Separador de liquidos
                c) Filtro
                d) Aquecedor
                e) Reguladora de pressão 
                

                       4.0 - Projeto de um Sistema de Condicionamento da Amostra

                      
                     Como exercício para fixar os conceitos indicados nos itens descriminados acima, o                   treinando deverá executar um projeto de um Sistema de Condicionamento da Amostra           por extração continua, para atender as necessidades de um analisador de gases tipo IR         (infravermelho+paramagnético) conforme as especificações indicadas a seguir;

                  a)     Serviço: Medição do excesso de ar  na saída da chaminé da Fornalha – 
                    HF1 e controle de abertura do “damper” do ventilador de tiragem forçada da caldeira.

         b)     Condições do processo: Pressão:  100 mm Col.H2O / Temperatura: 200 ºC

         c)     Composição da Amostra:  CO , CO2, O2, SO2.

         d)     Localização da tomada: Parte superior da Saída dos gases para chaminé.

         e)     Distância entre a tomada da amostra e o sistema de amostragem + analisador: 50              metros

        f)      Tipo de Analisador:CO (infravermelho) (range= 0-500ppm)/ O2 ( paramagnético)                 (range=0-25%)

        g)     Classificação da área: Uso Geral

        h)     Amostra c/teor de úmidade e corrosão

        i)      Observação: Acrescentar sistema para calibração (Zero e Span) do analisador

        5.0 – Documentos necessários para manutenção, instalação
        e partida.  

             Um conjunto apropriado de registros e documentos, é de extrema importância para o pessoal que planeja e  executa a manutenção do Sistema de Amostragem e do próprio Analisador, com o objetivo de facilitar o  planejamento da manutenção preventiva e a localização de qualquer problema que esteja ou possa a vir a afetar  a funcionalidade do conjunto.

              A seguir esta relacionado os registros e documentos que o arquivo dos analisadores deve possuir;

a)     Diagrama do sistema de amostragem ( incluindo “fast loop e ponto de retorno da amostra)

b)     Diagrama de malhas, diagrama de interligação elétrica, tubulação

c)      P&D simplificado

d)     Especificação do(s) analisador(es)

e)     Manual de Instrução do Sistema de Amostragem e do Analisador, tais como (procedimento de partida, set-point da vazão, pressão e temperatura, etc.)

f)      Certificados de calibração dos analisador(es) e gases de calibração.

g)     Procedimentos para calibração do analisador e dispositivos de saída para registradores, PLC’s, DCS.

               
 Comentários Finais; Cabe salientar que não existe um sistema de condicionamento
 único, que pode ser utilizado em todas as aplicações. Para cada tipo de fluido e 
 principio de medição do analisador deve ser elaborado um projeto especifico.

 Nereu Guimarães (ng1949@uol.com.br)

 






Um comentário:

  1. Fantástico!!!
    E sobre análise de H2S, gostaria de algumas dicas de como deve ser um bom sistema de amostragem nessa análise..

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